quinta-feira, 12 de maio de 2011

Que sentimentos estamos cultivando dentro de nós?

Certo dia, uma amiga e eu estávamos conversando sobre vários assuntos e ela disse: “As pessoas que nós mais amamos, são as que mais nos magoam”; e eu concordei!, porém também fiquei refletindo sobre e o por quê?.
Primeiramente pensei: - deve ser porque elas nos dizem coisas que ninguém mais diria se não tivesse intimidade, ou porque será  que é nelas que depositamos todas as nossas expectativas e quando não somos atendidos, nos sentimos frustrados, magoados? ...pode ser tudo isso e mais um pouco. Mas a verdade é que como tudo na vida se olharmos só por este prisma, é só isso que veremos, e as amizade, os laços de família podem se tornar fardos, um poço de mágoas e sentimentos de rejeição, ou começamos a querer julgar quem serve e quem não serve para fazer parte da nossa vida.
Então prefiro pensar que eles nos magoam porque são humanos, porque nós também somos e por isso nos permitimos ser magoados e somos frágeis ao ponto de conseguir ser tomado pela pequenez deste sentimento. Acho importante não evitar o sentimento, afinal diz a vã filosofia: Tudo vale a pena quando a alma não é pequena..sentimentos fazem parte de nosso dia a dia, sejam eles quais forem, e precisamos nos permitir sentir!
Reflito apenas sobre o que fazemos com este sentimento. Podemos escolher: cultivá-los ou lutar contra ele? Se for mais forte que a gente, talvez tentar olhar por outro prisma, se aprofundar e buscar entender de fato qual era a sua expectativa e por que será que aquela pessoa não conseguiu atendê-la, pode ser uma saída. Nos perguntar talvez: - Será que ela seria melhor ou pior se tivesse feito diferente? – talvez você se surpreenda e veja que assim como nós, as pessoas também tem as suas limitações, tem visões de mundo diferente, não estão num bom dia, ou talvez porque aquilo que ela esteja oferecendo seja o melhor que ela pode te dar naquele momento ou ainda é o que a condição dela evolutiva permite oferecer.
Enfim, tem uma frase que ouvi do meu pai: quem julga, não tem tempo para amar! Se eu pudesse desejar algo as pessoas que eu amo, ao mundo, e a mim mesmo pois também sou aprendiz nesta jornada seria: Amemos mais e julguemos menos! Que a gente se permita sentir o turbilhão de sentimentos bons e ruins que a vida nos oferece, e não menos extrair mais lições do que julgamentos; mais amor do que rancor; mais alegria do que tristeza, mais vida do que morte, mais a grandiosidade dos pequenos gestos, do que as raras vezes em que estes gestos já nos machucaram em anos de existência.
Cristo quando passou pela terra com seu propósito educador nos ensinou: amar ao próximo como a nós mesmo, com a mesma capacidade de perdão que temos para com nossas faltas ou que gostariam que tivessem. E o maravilhoso Chico Xavier nos presenteou com uma de suas colocações fraternais como sempre e que toca profundamente o meu coração: “ Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona pra saber como estamos indo. A amizade é uma dádiva de Deus, mais tarde haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar a solidão”
Amem muito! Pois é isso que faz sentido da vida!
Grande Beijo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário